Em seu livro “ A família ame-a e deixe-a”, Tony Humphreys
expõe que a paternidade pode ser encarada como uma profissão invisível, já que
não há treinamento, porém as responsabilidades são imensas. Mesmo ainda não
sendo mãe, mas tendo experiências no cuidado com crianças menores, concordo com
o que Humphreys expõe.
Partindo da minha experiência de trabalho e pessoal, vou
expor alguns questionamentos que possam ajudar os pais em seu exercício
profissional.
Certo X Errado:
Uma frase que minha mãe dizia, era: “ a gente faz o que pode,
acerta e erra o tempo todo”. Pais não devem se culpar por não saber o que fazer
e/ou como fazer. Desistam de fazer o certo, vão fazendo e corrigindo e se
acalmando.
Sentimentos:
Por que os pais não gostam que os filhos os vejam chorar ou
até mesmo escondem sua tristeza? Não escondam seus sentimentos. Nós, filhos,
precisamos saber que vocês são humanos, de carne e osso. Precisamos reconhecer
estes sentimentos, aprender com eles, para assim um dia, conseguir reproduzir.
Me parte o coração
quando uma mãe me diz que chora no quarto sozinha com medo que seu filho veja-a
chorar. Mas isso não é pior?! Pois agora ele está na sala sem entender o que
fez para deixar a mamãe triste ou questiona o que está acontecendo para ela não
contar para ele.
Dupla mensagem:
-Mãe, você está brava? pergunta o filho.
-Não filho, está tudo muito bem! Responde ela deitada na
cama, enrolada nos cobertores, com as luzes apagadas e janelas fechadas.
Não digam uma coisa verbalmente e respondam outra
corporalmente. Tenham consciência dos seus sentimentos e exponham de forma
consciente. Parece difícil,mas não é. As crianças têm PhD em sentir o que paira
no ar e assim reproduzir o padrão de funcionamento e os comportamentos
Reflitam sem pré-conceitos e culpa. A paternidade permeia
muitos temas e pretendo abordá-los, aos poucos, no blog.
Até a próxima,
Laura
Fonte:
HUMPHREYS, T. A Família ame-a e deixe-a. 1 ed. São Paulo: Ground,
2000. 285 p.
ROSSET, S.M. Pais e Filhos: uma relação delicada. 4
ed. Minas Gerais: Artesã, 2014.
176p.
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