domingo, 16 de outubro de 2016

Meu filho não sabe perder!




Todo mundo gosta de ganhar. Seja uma partida de futebol, uma corrida com amigos ou até mesmo bens materiais. Quando somos crianças ganhar é uma “necessidade básica”. Qualquer interação seja com adultos ou crianças logo se transforma em um ambiente competitivo e ganhar é a prioridade.

Este comportamento faz parte do desenvolvimento infantil já que os pequenos estão aprendendo regras sociais e assimilando vários conceitos, entre eles está o conceito do que é ganhar. Até os 4 anos é natural competir por tudo e pode até ser engraçado e bonitinho. Nesta fase é comum ouvir frases como, por exemplo: “o meu é melhor; o meu é maior ou mais divertido”. 



O problema está quando o ganhar se torna prioridade em toda e qualquer interação. Com isso surgem outros comportamentos, como por exemplo, choros, birras, violência física e verbal. Pode ser difícil para as crianças entenderem que não é possível ganhar sempre e a partir disso lidar com a perda e a frustração. 

Para evitar essa situação é vantajoso incentivar jogos cooperativos e não apenas os competitivos. Jogos em que todos precisam trabalhar juntos para chegar a um objetivo final é educativo e auxilia as crianças nessa fase. Quando não for possível trabalhar com jogos cooperativos, ressalte comportamentos cooperativos que a criança apresentou e não apenas o fato de ter ganhado.  

Nesta fase as crianças se preocupam muito com si mesma e nós precisamos mostrá-las que não é assim que as coisas funcionam. Por isso desde pequenas as crianças precisam saber e, consequentemente, lidar com o que estão sentindo. Nomear e reconhecer o sentimento de alegria ao ganhar o jogo e também o sentimento de frustração e raiva ao perder. 

Não é errado mostrar que você ou determinada criança ficou triste por não ter ganhado e que gostaria de ter ganhado. Desde pequenas as crianças precisam reconhecer esses sentimentos e lidar com eles, pois uma vez que estiverem passando por determinada situação vão conseguir reconhecer o sentimento e lidar da melhor maneira.

Em um outro post, já abordei que muitos pais e/ou responsáveis escondem determinados sentimentos dos filhos e como isso é prejudicial para ambas as partes. A educação emocional é tão importante quanto as demais.

Até a próxima,
Laura

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