domingo, 26 de novembro de 2017

Vou mudar de país com meu filho(a) com deficiência, e agora?!


Já faz algum tempo que tenho uma série de posts aqui no blog no qual escrevo sobre diversos temas envolvendo a migração familiar, tais como, adaptação familiar, bilinguismo, desafios ao criar filhos em uma nova cultura e muitos outros... Recentemente li um artigo sobre a mudança da família para um novo país quando um dos filhos é deficiente e achei que seria interessante compartilhar aqui também.

Para quem não sabe, no Brasil eu trabalhei com crianças e adolescente com deficiências, bem como suas respectivas famílias e deste que mudei para Europa estou aprendendo e coletando informações sobre o modo de atuar dos profissionais que atuam com crianças com deficiências e suas famílias.

De maneira geral  o processo que envolve a adaptação familiar e ajustamento intercultural se mantem o mesmo, mesmo com um filho(s) com deficiência. A diferença aqui encontra-se nas medidas extras que a família deverá tomar para que a adaptação ocorra da maneira mais segura e natural. 

Talvez você se questione se o plano de saúde irá cobrir as despesas médicas, de fisioterapia ou até mesmo terapia ocupacional. Ou até mesmo se é fácil se locomover nos transportes públicos ou na rua. E tenha dúvidas quanto as escolas que ele poderá frequentar. Mas tenha calma...respire!

Para isso cada família deverá fazer sua própria pesquisa, baseado nos cuidados médicos que a criança necessita, sua idade e o país que a família irá mudar. Desta maneira, não há um regra pronta, já que cada criança necessita de uma acompanhamento diferenciado. 

Para algumas crianças com deficiência, a mudança não vai ser facilmente aceita, de maneira que a família deverá trabalhar, com antecedência, os temas envolvidos na mudança. Tais como mudando para uma nova casa, viajando de avião, mudando para uma nova escola, fazer novos amigos, aprender sobre um país diferente e até mesmo uma nova língua. Cada família, em conjunto com seu filho, e os profissionais que o atendem irão encontrar maneira de trabalhar este assuntos dentro das suas capacidades.

Uma ótima alternativa é envolver a família e os amigos neste processo. Peça-lhes para ajudar, sendo positivo e otimista sobre o processo e ouvindo as preocupações do seu filho. Pode ser que seu filho diga a cada pessoa algo ligeiramente diferente, então uma abordagem colaborativa é essencial. Não deixe de buscar ajuda de outras famílias que mudaram ou até mesmo amigos, já que nestas situações nem sempre as informações online estão disponíveis como gostaríamos.

Sabemos quão difícil pode ser o momento da viagem em si, dentro do aeroporto e até mesmo no avião. Mas saiba que você também pode entrar em contato com os aeroportos e discutir as necessidades do seu filho. Alguns aeroportos têm áreas de espera especiais que são mais silenciosas do que as salas principais. Algumas empresas oferecem o serviço de visitas pré-voo e outros serviços. Há alguns cuidados que podem ser feitos para que a viagem ocorra da maneira mais tranquila possível, converse os profissionais que trabalham com seu filho.

Para quem se interessar, segue links com maiores informações sobre os assuntos abordados acima. Estes são referentes a Holanda, já que moro aqui.

Suporte educacional na Holanda:
https://amsterdam-mamas.nl/articles/special-needs-education-support-netherlands

Grupo no Facebook para famílias expat com crianças com deficiência que vivem na Holanda:
https://www.facebook.com/groups/1535236416724036/

Grupo no Facebook de profissionais que trabalham com crianças com deficiência ( especialmente na Holanda):
https://www.facebook.com/groups/886539864833947/


Até a próxima,
Laura

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