Foto de Pascal Campion
Santa rotina, aquela que ajuda a vida das crianças e a dos adultos também. A rotina nada mais é do que a repetição de atos úteis, estruturados e às vezes supervisionados. Às vezes é necessária para colocar ordem num grupo, na família e o mais importante, para dar segurança, limites à criança, sendo fundamental para seu desenvolvimento.
A rotina não é má em si, mas quando não tem sentido aliena a criança e, também, o adulto. A rotina pode levar a criança agir de forma mecânica, já que não se torna consciente do que faz, não lhe vê sentido, não põe nisso o coração, a afetividade, a inteligência e não interioriza o que faz e aprende.
Para a autora Catherine L’Ecuyer, o que faz com que a rotina deixe de ser mecânica é o que ela chama de ritual, que nada mais é do que a rotina humanizada. Quando a criança mesmo repetindo as ações todos os dias, passa a ter interesse e motivação não apenas no que faz, mas no ambiente que a cerca. E isso acontece quando este momento passa a ser compartilhado com uma pessoa querida, humanizando assim este momento.
Quando a criança diz para você, no meio do banho, “Mãe, olha isso que eu fiz!”, é neste momento que você pode transformar a rotina em um ritual. Transformando um momento simples e rotineiro, em um momento de descobertas e compartilhamento. A rotina deixa de ser um simples ato mecânico, mas o momento de grande expectativa e que de alguma forma dá sentido à criança e a encante pelo que faz e que deseje conhecer o que a rodeia.
Até a próxima
Laura
FONTE: L’ECUYER, C. Educar na curiosidade: Como educar num mundo frénetico e hiperexigente? Editora Planeta, 2017, 153p.
Nenhum comentário:
Postar um comentário