domingo, 12 de novembro de 2017

Rotina, o que podemos aprender com ela?


                                                                            Foto de Pascal Campion

Santa rotina, aquela que ajuda a vida das crianças e a dos adultos também. A rotina nada mais é do que a repetição de atos úteis, estruturados e às vezes supervisionados. Às vezes é necessária para colocar ordem num grupo, na família e o mais importante, para dar segurança, limites à criança, sendo fundamental para seu  desenvolvimento.

A vida nada mais é do que pequenos atos repetidos e diários. Acordar, levantar, tomar banho, se vestir, tomar café da manhã, ir para a escola ou para trabalho, almoçar...e por ai vai. Mas em meio ao mundo frenético e exigente em que vivemos, é possível se relacionar com a rotina de maneira diferente?

A rotina não é má em si, mas quando não tem sentido aliena a criança e, também, o adulto. A rotina pode levar a criança agir de forma mecânica, já que não se torna consciente do que faz, não lhe vê sentido, não põe nisso o coração, a afetividade, a inteligência e não interioriza o que faz e aprende.

Para a autora Catherine L’Ecuyer, o que faz com que a rotina deixe de ser mecânica é o que ela chama de ritual, que nada mais é do que a rotina humanizada. Quando a criança mesmo repetindo as ações todos os dias, passa a ter interesse e motivação não apenas no que faz, mas no ambiente que a cerca. E isso acontece quando este momento passa a ser compartilhado com uma pessoa querida, humanizando assim este momento.

Quando a criança diz para você, no meio do banho, “Mãe, olha isso que eu fiz!”, é neste momento que você pode transformar a rotina em um ritual. Transformando um momento simples e rotineiro, em um momento de descobertas e compartilhamento. A rotina deixa de ser um simples ato mecânico, mas o momento de grande expectativa e que de alguma forma dá sentido à criança e a encante pelo que faz e que deseje conhecer o que a rodeia.

Até a próxima
Laura

FONTE: L’ECUYER, C. Educar na curiosidade: Como educar num mundo frénetico e hiperexigente? Editora Planeta, 2017, 153p.

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