domingo, 3 de dezembro de 2017

Os desafios da companheira expatriada!


Ao contrário do que muitos possam imaginar, ser a esposa expatriada tem seus altos e baixos. Mudar para o exterior é uma aventura de toda a vida. É assustador, emocionante, intimidante e inspirador em igual medida. Há altos e baixos em cada momento do planejamento, embalagem e mudança.

Esta denominação que as mulheres ganham ao deixar seu país de origem vem carregada de muitos pré-conceitos e desafios inferidos não apenas pelas pessoas que convivemos, mas também por nós mesmas! Como já mencionei em outros posts, o processo de adaptação varia para cada uma sendo impossível generalizar.

O fato de ter um companheiro, seja ele da mesma cultura que você ou não, ajuda no processo, mas há alguns desafios que apenas você deverá cruzar sozinha.  

Um dos maiores desafios gira em torno da identidade da acompanhante expatriada. Sabemos que nossa sociedade valoriza muito o trabalho, o sentimento de realização que vem com ele e associa a identidade de uma pessoa ao que ela faz e executa. Mas como fica a identidade das mulheres expatriadas quando elas deixam de trabalhar? Elas deixam de ser elas mesmas e passam a não contribuir mais para sua sociedade? Não, com certeza não, mas para muitas é um desafio recuperar sua identidade sem a adição de um trabalho específico. 

Não podemos esquecer dos desafios diários, como aprender uma nova língua, fazer novos amigos, ir às compras sozinhas e para as acompanhantes com filhos, lidar com a rotina de escola e dar suporte emocional às crianças também. Para algumas estes desafios podem ser assustadores e podem levar ao isolamento e a perda na confiança nas suas habilidades mais simples. Já para outras os desafios podem parecer grandes, mas não impossíveis.

O número de mulheres que deixam seu país de origem para se tornar ‘acompanhantes’ está crescendo constantemente, sendo um engano pensar que este problema é apenas seu e da sua família! Há muitas estratégias a serem feitas para ajudar este processo da adaptação das mulheres, mas é preciso que falemos abertamente sobre o assunto, conscientizando não apenas outras mulheres mas as pessoas que estão ao nosso redor.

Até a próxima,
Laura

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